Cigarro eletrônico pode ser de 5 a 15 vezes mais cancerígeno
Os pesquisadores constataram que
quando o cigarro eletrônico aquece o líquido a alta tensão (5 volts) se
produz uma taxa de formaldeído mais elevada que a do cigarro comum
Publicado em 22/01/2015, às 09h36
Da AFP
Foto: OMS
Aquecido ao máximo e
aspirado profundamente, o vapor com nicotina dos cigarros eletrônicos
pode produzir formaldeído, uma substância que o torna de cinco a quinze
vezes mais cancerígeno que o cigarro comum, revela um estudo publicado
nesta quarta-feira.
"Constatamos que o formaldeído pode se
formar durante o processo de vaporização dos cigarros eletrônicos",
destacam pesquisadores da Universidade de Portland (Oregon) no New
England Journal of Medicine (NEJM).
Os pesquisadores utilizaram uma máquina
para "inalar" o vapor dos cigarros eletrônicos de baixa e alta tensão
para determinar como se forma o formaldeído - uma conhecida substância
cancerígena - a partir do líquido que utilizam estes dispositivos.
Durante a experiência, os pesquisadores
constataram que quando o cigarro eletrônico aquece o líquido a alta
tensão (5 volts) se produz uma taxa de formaldeído mais elevada que a do
cigarro comum.
Desta maneira, o usuário de cigarro
eletrônico que inala diariamente o equivalente a três mililitros deste
líquido vaporizado e aquecido ao máximo absorve cerca de 14 mg de
formaldeído, contra 3 mg para quem fuma um maço de cigarro comum.
A longo prazo, a inalação de 14 mg desta
substância nociva por dia pode aumentar de 5 a 15 vezes o risco de
câncer, destaca o estudo.
Para o diretor da divisão de tabagismo
da Faculdade de Medicina de Londres, Peter Hajek, o estudo não reflete a
realidade, já que "quando os cigarros eletrônicos aquecem muito, o
líquido produz um sabor acre desagradável" para o fumante.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial